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3 de setembro de 2011

Ciranda do amor

Essa não é a primeira por aqui, mas o ridículo desabafo seria a única salvação para meu naufrágio. Vejo meus olhos se afundarem numa banheira de hotel, eu choro! A pele arrepia de tanta tristeza, alguém no universo entende? Começo a achar que isto não é uma transição, uma crise talvez; o fato é que os fatos me fatiaram em forma de nitrato de pó de bosta, ou seja: nada do nada!

Essa estúpida brincadeira que eu não aceitei, jogo maldito que caí, tropecei e que alguns chamam de amor. Se falo dessa coisa tão desgraçada, tão inútil, ou melhor, útil para minha degradação. Vejo as minhas barreiras caírem, meu falso estado, minha necessidade de desabafo...

Cretina, repudio a mim mesma, porque caí na dança em que não existe outro jogador, e se exitisse seria mulher como eu, mas o estoque está em falta (os vinhos acabaram).

Mas não nego que estou me cuidando, estou me assistindo. Aos que dizem que sou idiota por não aproveitar as coisas boas, mas a adversa ciranda não se permite ser esquecida.

Dói, sabe o que isso significa? Dói profundamente, ontem mesmo dei uma discreta olhada do 2º andar, lembrei de "DEUS" e tentei me distrair, agora lembro que olhei de novo...

Eu nado sem sair do lugar, meu corpo está cansado! Eu ainda estou tentando nessa ciranda que me entristece quando a correria acalma, vejo o quanto o sangue é bombeado com violência... Amar é isso, aqui na minha casa as coisas estão todas fora do lugar.


Lótus Céu

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