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4 de junho de 2012

Palavra

"E de tanto cismar sozinho a noite", rasgou mais um dos véus: do breu. Cantou pelos poros cada verso, ocupando o espaço e contaminando todo o resto com o que a noite de vento brando deixou chegar.

No espelho, cada gesto gritava um canto de quem quer viver, de quem quer amar. Em cada coro, um novo modo, um novo jeito, um novo novo. Início. E o caminho todo limpo, e a roupa toda limpa, toda linha alinha para um novo verso. 

De saber calar quando preciso, de poder gritar em improviso. Palavras que tornaram a alma liberta.

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