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5 de outubro de 2011

Amor pra ninguém reparar!

Quem há de negar?
Os passos solitários, desregrados
Ora rápidos, ora lentos
O segredo da alma virgem
Pura de alma pura, pura alma.
Quem há de negar
O peito que arde incessantemente
O amor que lhe tomou cada órgão
Que saiu do papel.
Os corpos não verticalizaram
O encontro não durou mais um dia
Um segredo, uma migalha.
E quem há de negar amor a si mesmo
Se os olhos ardem quando sua brisa bate
Que as mãos suam quando a presença chega
Que o coração dispara ao lembrar o cheiro.
Nada mais puro que a palpitação no peito
O sorriso amarelo que tenta controlar a respiração ofegante
O olhar, este que parece tão violento
Intenso!
(Da janela pra fora tudo pode virar uma paixão)
Da porta pra dentro um silêncio que acalenta
Que viola a paz de quem ama
Que afaga com gelo quem deseja
E dias nascem, e dias morrem
Deslumbro silencio diariamente
Guardado por um laço calado
Estocado
Miudinho
Amor pra ninguém reparar.

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