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8 de dezembro de 2011

Rio que corre pelo rosto, maré. Existe sobre as pálpebras, peso estranho de choro, é ardência de um desejo miserável de tão grande e doce e melado.

As mãos, presas em cordões incondenáveis (palavra não existe). São leves de tão chocadas, são nuvens que assombram pedras, que carregam sonhos abortados.

Por que tão pouco, é surrealmente, inconfortável? Deveria ser assim?

Nesse quintal, os personagens são covardes demais, demais para os medos, para os sonhos, para própria coragem.

As linhas sem nexo não acalmam o surto. 220 kilowatts . O útero trinca. É mulher virgem de amor que segue com seu corpo sem rumo, com choro e sem nenhum afago.

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