Páginas

30 de dezembro de 2011

Deitei toda palavra, toda rima e todo verso doce sobre sua fina pele. Dei o que havia de mim o último que podia dar: dei meu silêncio. Olho tudo como quem conta finas linhas com os olhos, te gravo, me gravo. Valso uma, valso duas, valso inúmeros passos. Precisa dizer que é bom? Sinto um colo quente que me acolhe, braços curtos que me cercam, me acalmam. É a mais linda forma de delírio, é nós nesse lindo nó. (24 nov)

Em madrugada de sonhar com mar e sol, manchando toda a extensão de água que meus olhos filtravam, gota à gota, começo o abrir sulcos na cinzenta pele que alguém assim me concedeu. Paira no ar um cheiro de mato, de grama molhada. Deixo rolar de mim a água que rega a plantação de sonhos, colhendo de tudo um pouco, tudo um pouco, um pouco.

Nenhum comentário: