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8 de dezembro de 2011

mais um canto

O ar estava calmo, completamente parado. Enquanto ela tirava de si o cansaço do dia, margarida lhe vinha. O tempo que passou não importa, não nascem flores em terras inférteis. Fato!

Acontece que num determinado momento, essas mesmas palavras lhe vinham na cabeça, enquanto se via tamanha dissimulação e "maucaratismo" genuíno da secura de fora de si, de fora da sua ebulição, erupção.

A bondade lhe sussurrava na orelha o tom de respiração leve, de quem pede paz. Tudo vestido e inferno, sem calma, sem amor e a bondade pregando paz.

A bondade (que aqui lhe faz lembrar miséria) tocava as orelhas, como quando só é possível enquanto um corpo A se embrenha num corpo B. Era lindo, era pura bondade, mas sem ___...

As almas eram assistidas: incapazes e intocáveis. Lembrara da última vez, que o vazio fora suprimido no "aperto" do qual ousaram subentender como abraço. Era na verdade, a violenta bondade, sua outra face que dizia "não me toque, não me afague".

E foi assim, que caminhões de areia caíram sobre o broto dela. Terras inférteis descarregaram suas pragas para finalmente dizerem fim.

mais um canto

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