Ninguém pede que tu tenhas nome, que tu tenhas apelido, sigla ou qualquer tipo outro de elo. Era só um querer, que tu fosses constante.
Não precisarias bater à porta toda noite, assistir com este ou aquele a lua que aponta e deita lá no céu. Esse fora apenas um detalhe colado na conversa para me sentir um pouco dentro.
Dentro. Não é um vai e vem, é dentro. Tens espaço suficiente para alojar teu corpo, teu cansaço, teu nervoso. Tens tanto espaço que nunca te disseram vai, nunca te disseram fica. Mas enquanto tu somes, se enche de abismo e volta fervendo, se queimando a si, e se, se...
Voltas tão violenta do silêncio. E esta, tão densa, com cara de anjo, deixa que tu entres quando e enquanto quiser.
Tudo se codifica, decodifica no peito que te acolhe. E o resto é vazio e só, porque nem a tua inconstância é constante.
Tu tens problema de humor, de amor e de solidão. Tu não gastas nem um minuto pensando a frase, e por mais encantador e prazeroso que seja prová-la, ao te ouvir, é como um soluço: inconstante, volúvel, vulnerável, sem amor - a frase.
E o que mais aflige não é a falta de amor, é uma coisa que você tem: bondade. Ela tem nome e me abre cortes nos ombros. Me retraio, escorro por dentro, ainda não te olho (é fuga) pra você ir.
29/11/11
Quando a coisa morre, o grito sai sem receio. Se permite, se alastra e acaba.
Nenhum comentário:
Postar um comentário