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14 de novembro de 2011

Coisa de mãe e coisa de filho (discordando de Freud)

Não foi feito para ter lógica, a maternidade é algo surreal. A mulher se rasga, sente dor e ainda ama depois. Alguém entende? Mas amor não basta, acontece às vezes dos santos não baterem, de mãe e filho se odiarem, de um ser o caos do outro. Nada melhor que a distância e o tempo para alcançar a maturidade nessa coisa toda de convivência.

O afastamento torna a mãe não mais mãe, torna a mãe uma paixão eterna, de quem não se vive bem longe, de quem a alma de certa forma depende e precisa, ardentemente, cuidar. É algo muito superior do que essa feia palavra "maternidade", ninguém ama por lógica, as pessoas passam a amar por necessidade de amar, porque é paixão.

E só dói quando imaginá-se o mundo sem ela, a mulher por quem você se apaixonou. A dor que entrelaça essa coisa de mãe e filho, imprime coerência e amadurece, fator que julga-se importante para a evolução humana. A melhor coisa da vida é viver, e depois de viver lembrar-se das suas aulas de teoria e vê-la totalmente ajustada à sua realidade. Freud sentiria orgulho de quem vos escreve, muita coisa faz mais sentido.

Um brinde à esperança e à Freud

Filha

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