Situações adversas, sempre novas; pesam como tijolos sobre a sua cabeça. Era para você ser um balão, talvez você seja um balão: um balão amarrado à um tijolo áspero e pesado, por isso você não flutua, meu bem.
Realmente, hoje o mundo parece ser olhado de baixo pra cima; você não está numa cadeira baixa, você não está senão presa dentro de si mesma, na gaiola que um dia te falaram, na gaiola que você acreditava ser apenas timidez.
Nada vês, nada crês, já não sente mais! Quando sente um curto segundo, que dura meio, precisa de horas para se recompôr. Ninguém vive bem sendo intenso até no "bom dia" que dá. Quem dá ouro não espera senão ouro de troco, mas acontece que essa cidade está pobre e a praça do seu coração, abandonada.
E a mente confusa, o corpo sedento e as mão nos bolsos... Braços e pernas se cruzam, silêncio e gemido; mente conturbada. Não é possível conviver, não é certo, não é de quem lhe diz! Impulso que te rasga, te leva e depois te mói no último fio. Você escorre como vomito pelo ralo.
Aquilo que ninguém precisa ver!
Somos únicos, solitários no mundo; somos treinados, estamos o tempo todo sob o aguardo de aprovações, mas nunca chegamos a lugar nenhum. A vida é uma roda que gira, rola, quica, voa, desliza de um lado ao outro para lugar nenhum. Por isso, estamos sós o tempo todo, e mesmo quando gritamos para o mundo não existe um único ser que entenda nossa solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário