tem um ritmo, lento num tom bucólico te chamando pra fora; quer lhe dizer que é hora. Dia de festa, você não estará lá... Você não quer, lembra? Lembra que os contos fazem parte da vida real e você também escolheu mudar o enredo...
Os sinos tocam nas bocas dos que cantam o encurtamento das horas, a sua distância e as suas mazelas. Hoje, você ouve os sinos, por quem? Por você ou por eles que os fazem tocar? Os sinos, que avisam que é hora, que é noite, que é puro, que você não está lá - observando ele tocar!
Se estivesse mais feliz não seria você mesma, seria o que eles queriam que você fosse. Vejam-na, sob efeito de não ouví-lo, de não tocá-lo, ou por apenas imaginar o seu ir e vir estridente que ganha tom na mente atordoada...
Crise, é isso que seu som invisível avisa. Existe um espaço oco pedindo para ser preenchido, por flores e versos, mais nada. Existem espaços que a vaidade sem máscaras não preenche. Ela gritou:
"Venham, mascaradas mas venham, para que eu não me rasgue a pele e os ossos; para que eu esteja sobre efeito de algo, para que eu esteja além do que esse que hoje estou. Com nojo do próprio cheiro e do tom do sino maldito que atordoa minha mente, preferia estar surdo a ter que continuar a ouví-lo".
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