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27 de julho de 2011

Enquanto se observava hoje pela manhã, pelas últimas 20 horas de corpo e mente ativa... Se viu diferente, como viu também todos os móveis e todas as paredes diferentes. Estava muda, não falava; depois de reparar o silêncio se viu de fora pra dentro olhando para tudo tão confuso, como era atordoante a mente da personagem que usava em vida, sendo eletrocutada diversas vezes e ainda sim, muda! Ela se reconheceu como um canto, um canto no sentido "espaço, ocupação"; inabitada! Por nada e por ninguém, um choque seco, frio e calado a olhar a vida.
Eram 9:30 quando ela viu aquele céu lindo, e ela triste. O sabia lindo mas não o sentia como sempre foi; intocado (por ela)!
Hoje ela era só mais um canto, no sentido "espaço, ocupação"... Porque inúmeras vezes a gente para a olhar a vida e não entende nenhum motivo e não encontra nenhum sentido. É tempo de recolhimento, de observação e rascunhos; tempo de re-desmontar blocos para reorganizar cômodos, para reviver alma e re-habitar vida.

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