De cabeça pra baixo, cada dia observo meu mundo mais raso. Os sons novos, as faixadas novas das casas e o meu novo amanhecer. O corpo não mais engraçadamente na cama, o silêncio e a geladeira me lembrando que está dado o mundo, o real.
Concentro, essa é minha mais nova arte. Calo o mundo lá fora e fico com a lembrança do som da água batendo de leve na beira da praia... O meu amor na praia pegando só as menores ondas enquanto eu no fundo chamava a um mais profundo mergulho. A memória causa tanto silêncio, e a gente fruto de tudo dito ente a onda e o hoje.
Tenho deixado raso meu olhar, não há muito que se fazer. Mas tem o belo, o doce e quente perdido no mundo, que talvez, em um novo mergulho, eu alcance de dentro pra fora.
Saudações ao meu amor, quem sabe daqui uns anos ele não volta.
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