Bate um vento suave às vezes, que hora me enfraquece, hora me envaidece de ser e ouvir aquilo que vês em mim...
É uma estranha montanha russa, e eu sempre tive medo de altura - você sabe (você viu antes de te contar). Me assusta sua capacidade quase ávida de me desvendar nas palavras (não sei se queres, mas o faz de maneira que me encanto pela raiva que me causa).
Me causa tanta coisa, e quando vejo já sou um resultado seu; quando vejo estou falando e gesticulando como uma louca na sua frente! Sua grosseria me traz risos, não me acanho- sinto esquentar e esfriar e reesquentar...
Você, sem perceber me dá a liberdade de criar loucuras, com a desculpa de que preciso viver.
Tento me enganar, fingindo me resguardar de um encanto, mas é impossível! Na minha confusão, na minha estranheza as palavras revelam o encantamento, do tipo que sente dor e prazer no mesmo tempo...
A gente descobre que a pele sensível encontra outra pele sensível, elas se chocam e ardem desesperadamente. Lá fora está tudo em desordem, aqui dentro as portas abertas abrigam seus infinitos "eus" enquanto nossa loucura se cumprimenta sem nenhum beijo.
É tudo à minha maneira, que também duvido que exista... Te olho com uma muralha do tamanho do mundo, acredito que nunca vou passar por ela: E mais eu quero, e mais me apoiam (meu próprio querer e meu próprio medo).
Kriptonita...
Até meus fios de cabelo mudaram em nossa realidade impactante, que me enfraquece e me põe na ponta de um penhasco. Paixão é palavra pouca, pequena pra dizer, o medo me move...
Sem perceber, sem racionar (porque não faço mais isso, tudo é instinto) eu caminho praí!
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