Páginas
13 de dezembro de 2012
Salto
Quando alguém impulsiona pra baixo, pra dentro. Medo.
Dois complicados e relativos estados de ação geram o movimento único.
10 de dezembro de 2012
É de riso o nosso amor
perfurando a pele:
É amor!
Enrolando e rolando no lençol
a cama agita
o ar também
O nosso amor!
Lá fora ouvem
sons agudos
mas ninguém vê
o suor que escorre
Do nosso amor!
De salto
"é de mágica"
que dobra
minha vida em flor
enquanto eu rio, rio rio
Rio de tanto amor!
Enquanto acalmo
a alma dança
o cabelo venta
nos olhos choram
a paz habita
O nosso amor!
4 de setembro de 2012
Casa
Os homens grandes pegam os peixes e os pássaros com facilidade entre as mãos. Pode ajudar no caso.Ou não.
19 de agosto de 2012
Asas
8 de agosto de 2012
Amor
Na neblina, na grama, na brisa. Tudo vejo os olhinhos da cigana que leva e eleva a respiração dos aqui confessados. Amo! E tenho tanta dor no peito, de tanto amor, de tanto amar. Ela tem nome de flor, e eu, nem sei que nome tenho. Somos juntas quase o SUl, mas somos apenas duas breves e leves brisas que a floresta guarda lá pros lados de Paranapiacaba, com barro até a canela. Cheira o verde e fuma o verde, que o amor é nosso e a paz também.
28 de junho de 2012
Memória intocada
Algum comportamento inadequado, alguma curiosidade e alguma outra traquinagem que preferiam não comentar. A patinar na rua esburacada, a escrever para pessoas queridas. A viagem para ver a família, o pai e os irmãos-não-irmãos. O caos, a alegria que não se diz. A memória que não se apresenta na linha do tempo: a infância que não se distingue da adolescência, que não se assemelha ou aproxima da puberdade. Abismos entre a lembrança de uma história e outra. Em algum lugar, a memória concreta guarda essa tal infância intocada. Com motivos não ditos, hoje, não fatos.
Personagens que não se vê, eles se narram entre um silêncio e outro do cenário que aprisiona o viver da época da jardineira e do vestidinho mal cheiroso com estampas de vaquinhas. O tempo que passou, as botinhas marrons substituíram as sandálias de plástico, sandálias que nunca deram espaço a um bamba. Um dia, o plástico voltou aos pés, se confundindo no tempo de hoje pelo passado: em confusão.
24 de junho de 2012
19 de junho de 2012
18 de junho de 2012
De querer ver
Lá fora os sonhos, que de forma ou outra se fazem seus. Saudação à uma nova miragem que se ocupa: a vida não morre, a vida vibra em brilho e cores que imagina com as palavras.
E diz, por querer ver proliferar o riso. E ouve, sonhando ver proliferar o riso.
6 de junho de 2012
The Last La-La
Últimos quatro anos que um computador registra; as últimas bilhares de lágrimas que o colchão guardou, estas páginas e os cadernos na estante da sala. São a resposta de tudo. Tão estranho, e tão confuso. A memória brinca sem se mostrar. E a certeza é que muitas coisas novas me ocupam, mas nada deixei. Vez ou outra os pensamentos brigam, mas todos ficam, dentro ou fora do lugar.
Tanta imagem, tanta sensação conhecida que, na verdade, não entendo. Tenho apenas The Last La-La dançando em cada veia que pulsa, digamos que "insistentemente". O quarto em mar. Revoltas, as ondas batem.
4 de junho de 2012
Palavra
3 de junho de 2012
ESTANCAR, 1ª PESSOA
Um todo sem abraço
bate e vai
Carrega o visgo
sonhos meus.
Toda forma de canto
soa e se desfaz
Bate lataria no quintal
silencia imortal.
Toda certeza brinca
pulando onda
Sem onda é
correnteza que tudo leva.
Toda sede reina
espera finda
Chorosa brilha só
é noite de lua cheia.
1 de junho de 2012
Brincando de dizer o inverso
29 de maio de 2012
26 de maio de 2012
Revirar
DECIFRA-ME OU TE DEVORO
24 de maio de 2012
DO QUERER
22 de maio de 2012
o clichê "tempo"
17 de maio de 2012
As cenas bonitas e "ocultas"
Sozinha e sem medo, a menina corre coberta pelo céu limpo e azul. Tem sol e a brisa é leve, a maré é calma em plenitude.
Vestidinho solto, em movimento circular.
Valsando na areia da praia, uma criança sem margem na beira da praia. Toca leve a imensidão e sorri, indescritivelmente.
_*OCULTO, tudo aquilo que se fantasia para apaziguar a ventania. Um sonho, uma saudade, uma projeção intocada, distante e perto - quase sempre. Véu que embala alma.
2 de maio de 2012
5 de abril de 2012
Foi de tanto amar...
25 de março de 2012
Vulto embaçado de ideias, sentimentos e outras coisas mais
14 de março de 2012
Alento
10 de março de 2012
Bem-entendidos
4 de março de 2012
Um homem, uma mulher
1 de março de 2012
imagine
26 de fevereiro de 2012
As veias falam
25 de fevereiro de 2012
Ausência de margem, é isso que é
21 de fevereiro de 2012
19 de fevereiro de 2012
Bloco de carnaval
17 de fevereiro de 2012
13 de fevereiro de 2012
Fizeste do teu abraço, um laço para se enforcar
11 de fevereiro de 2012
Suscetível

9 de fevereiro de 2012
Foi alguém que deixou a brisa, alguém que me comoveu, pelos olhos que abrem abismos, com colo quente e inteligência

5 de fevereiro de 2012
"Não queremos mais guardar silêncio" - Lira
4 de fevereiro de 2012
2 de fevereiro de 2012
Por aqui...
Tecerei com lágrimas, com palavras (as mesmas) que sou. Lá fora tudo dói, o vento me arrepia os pelos dos braços, e dói. E dói. Aqui é como sentar na cadeira de balanço, sentir medo, mas me conforto com as minhas reflexões, a dor mais fácil de ser compreendida. A minha dor.
O clichê, que eu carrego nas conversas curtas que as pessoas cultas não entendem. É muita ignorância para uma pessoa só, sou só ignorância. Sou a covardia em pessoa, covardia tamanha que fecha durante vagas e várias horas do dia comprido, cumprido. Pessoa covarde que só se acalma aqui, por aqui.
Flor de laranjeira que bebi, fervida na água quente para me acalmar...
Flor de laranjeira, que perfumada noite, umedece a pele. Pedaço desgarrado de árvore que invade quintal a quintal. Te vemos vagando um vôo singular que alcança orvalho dos novos corpos com que se deita.
Flor de laranjeira, que bate no vidro da janela toda noite e chora um choro sentido que inunda o quarto escorrendo por debaixo da porta. Quer entrar deprimida e inebriar os sonhos dispersos.
Flor de laranjeira, de cor e cheiro vivo, imergi angústias, submergi sonhos e ousa desenhar um novo desenho com capricho, e com cuidado, zelo e apego. É. Se fez a mais bonita Flor de laranjeira plantada no quintal do meu vizinho.
1 de fevereiro de 2012
31 de janeiro de 2012
28 itens
26 de janeiro de 2012
Palavras para uma MÃE na beira
21 de janeiro de 2012
Embaixo de suas pernas, paisagem corre
17 de janeiro de 2012
IV) Espalhar
Espalhar. Dispersar. Dividir. Desmbrar. Dar-fim.E disse, já que não é possível salvar os dois, que cada um morra de um lado. Um se afoga e o outro morre de sede. Sede. Enquanto bóia olhando para o céu azul. E aos que não sentem dor em desfazer, parabeniza-se. Desse lado mais um pedaço morre sem querer de forma nenhuma o substituir. Tirem as crianças da sala, da sua sala, que a cena é séria e não tem nada de doce. Fecha os olhos e rema, que a maré é outra, e você que não sabe nadar, hora de beber água.