Páginas
30 de dezembro de 2011
Nó
26 de dezembro de 2011
Poesia
Enquanto as paredes esfarelavam, poesia
Enquanto gritavam, poesia
Enquanto dor, enquanto morte: poesia
Enquanto enquanto houver, teremos além daqui. Além desse todo confuso e doloroso. Poesia!
21 de dezembro de 2011
14 de dezembro de 2011
Predileção, derretimento, dialética do oprimido, tensão! Algum outro contraponto?
Vertigem, catarse, metabolismo. Energias esgotadas e ainda se fala de amor, de sonho? Vegetação de mata virgem, de trilha à milhas de vida.
Por onde caminham os anjos? Ainda existirão? Vendem o restantes dos restos resultados num barbante que pendura folhas e linhas preenchidas com palavras.
Grande, homericamente deslumbrante. Onde andará a pequinez de quando santo, de quando virgem, de quando não amava?
13 de dezembro de 2011
Catarse
8 de dezembro de 2011
mais um canto
30 de novembro de 2011
Meio cheio, meio vazio

27 de novembro de 2011
Seres vulneráveis
22 de novembro de 2011
Me banho, no meu banho, com o caldo que você mesmo prepara. Me assisto chegando onde você me leva, é insano. Vejo quebrantar de forma densa, imensa, em sombras, em goles, debaixo de um céu nublado (enquanto você sorri). Mexe tanto que não sei como ficar. Não sei sorrir, o choro calo como quem fecha porta atrás de si. Tudo pulsa, e a grande maldade é ver-me pulsar só. E por mais que com a janela tu sorrias plenamente sobre mim, o sorriso não é pleno. Vejo ele tentando, por pura bondade.
Perturbo. Até sua bondade me arde. Definho. Te vejo fingindo bondade, não me queiras bem, não se negue que de tudo tenho tirado pétalas junto aos cravos.
"Se é pra viver é pra morrer, se é pra morrer, viveremos!" - Lira
(apesar que para os mes bons pecados o diabo colhe direto em meus olhos).
20 de novembro de 2011
16 de novembro de 2011
eu
15 de novembro de 2011
#canto_minimo
14 de novembro de 2011
Coisa de mãe e coisa de filho (discordando de Freud)
13 de novembro de 2011
Phebo
O sabonete, bom "porque não deixa a pele ensebada", disse. O sabonete e a escolha do sabonete, a diferença do cheiro. O simples sabonete muda a vida da gente! Enquanto o cd toca mais de uma vez, abre-se a cama, fecha-se a porta - muda a vida da gente!
O vinho. Tomando, de quatro em quatro dedos; em sentido orário, o mundo roda. Os problemas não deixam de existir, mas também não estão mais ali. Agora a corrente está mais calma, a sede é tratada na saliva e o frio... Frio?
No centro da terra a pupila dilata-se no rosto, arde! Quem não tem medo de quando o corpo estremece por dentro? Prazer e morte, gozo e dor! Mas especialmente hoje, a luz esteve clara, o sabonete em cheiro e escolha também novo... Os silêncios, os gemidos, os cabelos soltos, soltas.
Enfim, o sabonete. Memória, palavra, canto (enquanto cantava), Gadú e Luísa Maita... Por dentro a gente decodifica, o sabonete não é nada mas diz tudo. A gente se arde, mais uma vez; a gente vive, mais uma vez; a gente sobe e desce a ladeira de sabores, cores e cheiros, mais uma vez.
10 de novembro de 2011
8 de novembro de 2011
Com carinho, do tipo que não pede nada (nem palavra) em troca, para que as palavras corram livres dentro de ti
5 de novembro de 2011
Paira no ar, como folha. Creck. Cai (sai, quebra) do galho. Essa é a frase emblemática das últimas 24 horas. Ve-se certa honestidade, adimite nas orações (estas orações)
2 de novembro de 2011
Reta Final
26 de outubro de 2011
Todo resto não importa. O estômago vazio nada em ácido, range e ela mal percebe. É o peito quem recebe a forma de um áspero e doloroso sentimento. Mata. É um pensamento ou angústia que se materializa por dentro. Sem ar, ela discretamente geme.
Suor escorre. Dói! Maconha no universo legalizado? Não, desse estado não passa. Filtra pra si tudo quanto é energia, materializa no peito um câncer. Range, já não sonha, não sangra, não ama, não encanta. Nada mais. O ésse estridente enquanto cala. Vai se afogando no silêncio e na matéria que toma forma. Vaporiza e liquidifica uma gosma da cor do esmalte que descancou de quatro unhas. Chocolate é a cor!
Contorce e chora, o dia inteiro. No processo de materialização, o psicológico é sua ruína. Inflama cada hora mais, não se medica. Apodrece. Enquanto lê ou escreve. Enquanto olha o céu e se vê misravelmente viva, apodrecendo. Assiste a alma, primeira que se deteriora. Fincada no tórax, alma vaporizada que virou matéria no laboratório de alguém. Inflama e apododrece.
24 de outubro de 2011
e se eu me calar, pelo motivo que for, não esqueça que te amo!
A voz está amansando, mas me rasgando estou por dentro no meu sopro. Produzo com mais facilidade, eles gostam enquanto só vejo miséria... Miséria!
Deus, que meus olhos estão em poças e eles os veem emocionados, que minhas mão estão rígidas e eles as veem agitadas. Não tenho eu alterado em nada o que entra no meu copo, o que na minha boca entra e no que meus olhos filtra. Vejo uma doença, não sei de quê!
Deus, que se eu sumisse hoje, nada me faria falta. Flagelo-me em silêncio, na verdade universal que no silêncio tudo toma maiores dimensões.
23 de outubro de 2011
Literalmente, leia-me (Para minha libertação!)
Não lembro quando "tudo" ruiu pela primeira vez, o que eu disse, o que você disse. Não lembro, recordo do dia que comíamos, eu ria e você não. Eu TE perguntava e você pedia, para alguém que não estava presente,te salvar. Lembro quando você disse "criações diferentes" enquanto comentávamos a situação do japonês. Lembro quando você me ligou e eu fiquei muda, quando eu comecei a me sentir no meio de uma guerra tentando me esconder da minha própria e inevitável mágoa, e todo o resto se afastando de mim.
Eu tentei o silêncio, a falta de atenção, tentei tudo que trouxesse de volta o "tudo inteiro" que eu sentia falta, que não se dividia, que era nós. Lembro que chorei ao ver a guerra. Sim, era guerra. Quando eu via um jogo de fragilidade, daqueles que estavam do meu lado e me disseram para mandar você para o inferno ou entender tudo como uma crise; vi um outro jogo, do nosso antigo lado, quando a nossa distância virou brecha para que outros se aproximassem de você.
Lembro de ontem, quando você chegou e ignorou minha presença, depois, um olhar indiferente enquanto eu falava. O meu tudo simplesmente não existia, uma coisa sem nome, sem diálogo, sem preocupação nos tornou duas: eu me tornei suevelin e você se tornou ...
Sempre tentei me aproximar, não inflamar a guerra, não estancar o sangue e sim deixar ele ir para onde ele quisesse. Pra mim nunca houve distância, incorporei uma coisa chamada "mágoa" pra dentro de mim, por não ver você lutar pelo nosso tudo, mesmo quando a mágoa, visivelmente me consumia na sua frente.
Entendo que as diferenças e os gostos adversos existam, que o tempo e as companhias nos distancie em algumas casa, mas nada pior que a indiferença.
Não vou mais dizer de mim, o que eu queria, o que estou sentindo agora... Tudo está claro, assim como quando uma coisa de valor cai no chão e a gente corre para pegar, não adianta se consumir por dentro, ou pensar pra si, assim ou assado. Eu me camuflo de dor, de mágoa explícita que você nunca me questionou. Por mais que eu quisesse,
nossos amigos já não são os mesmos. Eu te pergunto, quem se preocupou em sentar com a gente e dizer "vamos resolver a situação"? Não me lembro de ninguém, além delas duas que vieram falar comigo hoje, que te viram chorando... E o resto? Onde estão os nossos amigos que assistem a tudo isso? Será que a guerra e a perda são só minhas?
Será que você lembra quem eu sou? Meus calos são visíveis, os motivos...? Já te bati ou impedi de alguma maneira de falar o que acontece ou o que pensa ou simplesmente não vale a pena pra ti?
Como pode ver, esse foi meu máximo. Não consigo mais virar a página se estão todas furadas. Para isso não existe reserva, ou você luta pelo o que quer ou deixa ir! Te olhando nos olhos vi que você não está no eixo também. Abandonar o "isso" curso é um reflexo da sua falta de forças, não estou julgando, mas me parece que você está fazendo o mesmo comigo. Não sou perfeita, mas quando foi que você quis me ajudar? Você criou uma reserva,um amigo imaginário, está escrevendo para pessoas desconhecidas, falando com a doutora? Essa perguntas me cabem? Também não sei.
Quando você tropeçou e pensou sobre isso? Não pode viver de surtos psicológicos controlados por uma análise que você mesma faz para se moderar. Lembrando do seu rosto penso se vai adiantar isso tudo, meus dedos doem, meus olhos também. São mais de 4 mil caracteres pra dizer que te amo, que vejo tudo desabando e em cacos por todos os lados.
Hoje infelizmente não sou mais do que essas palavras, sinceras e solitárias. Sou uma ilha. Não queria ser essa ilha. Queria apenas desdobrar a minha mágoa com você, conversando, mudar essa sensação triste que tenho quando nos falamos, ou quando nos calamos. A rima foi espontânea. Boa noite.
(um e-mail que flui, a lágrima que decodifica a alma, eu decodifico na palavra!)
20 de outubro de 2011
Chão, Parede e Teto
Disse que queria apenas um punhado de terra, um punhado de terra com um cercado. Um cercado branco, mais nada. Mais nenhum detalhe, só faltava ainda proteger a grama. O chapisco branco de tinta que não podia deixar tocar a grama tão perfeita!
Enquanto gira fora de órbita, fora de eixo, fora de forma segura; sem formatação. Enquanto se perde em insanidade, em idade, desejo e o mundo real - um chão, uma parede e um teto -, concretude! E mesmo visualizando tudo o que lhe seria necessário, tudo fora do lugar. Impossível a concretude, a compreensão. O chão, a parede e o teto, o que serão? Sem respostas, porque de tanta porcaria (e lindeza que tem) ninguém sabe o que é isso que se precisa em baixo, do lado e em cima!
18 de outubro de 2011
Suevelin é... É?
16 de outubro de 2011
9 de outubro de 2011
SAIBAS...
5 de outubro de 2011
Que meus olhos enlouqueçam de vez e alcancem de vez a esperança utópica. Que eu pare de dizer que essa vida não dará em nada, sabendo tomar uma forte para me alienar.
Que eu não confie nem em mim, na minha tristeza, no meu soluço que sufoco todos os dias quando abro a porta da minha casa e vejo a brisa dizendo que é hora da luta.
Que a vida não me seja mais uma luta, que não doa a hora que abro os olhos na minha cama pela manhã, quando desligo o chuveiro, quando acordo de um breve sonho no ônibus ou quando chego ao terminal Ana Rosa e fico parada olhando o farol. Que essa falta de habitação não me caiba mais.
Que as velas não faltem, já que as luzes tem (falhado).
Amor pra ninguém reparar!
Os passos solitários, desregrados
Ora rápidos, ora lentos
O segredo da alma virgem
Pura de alma pura, pura alma.
Quem há de negar
O peito que arde incessantemente
O amor que lhe tomou cada órgão
Que saiu do papel.
Os corpos não verticalizaram
O encontro não durou mais um dia
Um segredo, uma migalha.
E quem há de negar amor a si mesmo
Se os olhos ardem quando sua brisa bate
Que as mãos suam quando a presença chega
Que o coração dispara ao lembrar o cheiro.
Nada mais puro que a palpitação no peito
O sorriso amarelo que tenta controlar a respiração ofegante
O olhar, este que parece tão violento
Intenso!
(Da janela pra fora tudo pode virar uma paixão)
Da porta pra dentro um silêncio que acalenta
Que viola a paz de quem ama
Que afaga com gelo quem deseja
E dias nascem, e dias morrem
Deslumbro silencio diariamente
Guardado por um laço calado
Estocado
Miudinho
Amor pra ninguém reparar.
26 de setembro de 2011
desenho de ambiente
24 de setembro de 2011
Fracasso é quando...
10 de setembro de 2011
6 de setembro de 2011
A Nega
A nega é forte, tem o cabelo duro mais bonito que se vê pelas ruas de São Paulo. A nega faz as unhas e sai aos bares para fazer revolução.
Mãe de si mesma, incapaz de esconder as belezas que Deus lhe deu. A nega é forte e doce, a nega é bruta e doce!
Têm os olhos mais bonitos, os mais molhados, ardentes e sensíveis que já vi. O olhar da nega não se detém nos muros...
A nega fala alto, discute amor, sexo e retrocesso; a nega rega as rosas sem querer o compromisso de amanhã cedo o fazer. Ela não quer colher, a nega na verdade não quer esperar para colher!
A nega não quer muita coisa, sem querer acaba tendo... Do sorriso da moça, o sorriso do moço e as minhas palavras.
A raça da nega é boa, não é preta e não é branca; ela é puramente o alvoroço da vida de hoje, da “filhadaputagem” de ser tudo isso e não querer ser porra nenhuma.
Mas ela é!