Páginas

22 de maio de 2011

Gabriel

Gabriel...

Antes de ser Gabriel ele era a válvula se escape perfeita que sozinha havia inventado.
Forte, de bom humor, solícito, bom amante para as noites da semana, bom rapaz para os almoços de domingo com a família; sedento - sobretudo!
Gabriel, tal qual o nome: um anjo em formato "arranjo de mesa", versátil, de maneira que servia de "arranjo de porta", mochila e contra capa de agenda.
Fala doce, o suficiente para ser ouvida como cântico em um silêncio estridente; também calmo e passível o suficiente para ser calado.
Pensava, lia, escrevia... Tinha paladar para arte e culturas em transição. Compreendia bem as alterações de língua, voz, tom e corpo. Agia como um anjo no momento de forma a poetizar a tempestade.

Era como uma criação de Deus, mas era na verdade um elemento da cegueira. Por que, onde estará Gabriel agora, desde as linhas anteriores?
Em algum dos mundos ele não existe, se não no papel, real, caneta ou nesta tela, não saberemos.

Gabriel

Nenhum comentário: