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4 de agosto de 2011

Profusão

Ao estilo Barroco, em que a mistura acontece em suas vertentes opostas
Não conflitam, se contrapõem: rima num cômodo!
Uma arte recente que torna nosso corpo novelo, um no outro
que ninguém assina e é tão íntima, característica.
Leve, suave e intensa...

Leia-se rápida ou lenta
Se lê, como poesia que é
como pecado, como crime de tanta beleza

Dos opostos nasce o ato
como o encontro das ondas ao mar
tocando levemente a areia
tocando brutalmente a areia...

O som é baixo, ora mudo
perturbador, incontrolável.
O olhar doce, decodificava a atmosfera
já não era inverno...
Estava um tempo novo, mas ninguém dizia nada
atrevimento? Pra que dar nome?

(Uma "Grosseria doce"
Um "Corpo de menina, traços de mulher")

A arte, aquilo que se vive
olhando, tocando sentindo...
É o encontro! É os opostos que se unem
um muito que diz-se um todo, inexplicável!

Ninguém sabe explicar nada
enquanto tudo parece fora do chão
No ar, sentidos flutuam
almas, sonhos, desejos se chocam: Uma trama!

A rima é capaz na profusão...
E no cômodo que habita, o ar que corria mais agitado
doce palpável, chamei de moldura
mesmo sabendo que a arte não precisa dela.





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