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22 de novembro de 2011

Está levando para onde os passos não sabem o que é firmamento, o velho jogo milenar sem ganhadores. Você que brinca com meu fogo... Me impulsino e me traz no gozo, o mais incrível sonho, para fazer do meu amanhecer um vago e insano impulso. Tomo ar. Na minha miséria, permito-me definhar.

Me banho, no meu banho, com o caldo que você mesmo prepara. Me assisto chegando onde você me leva, é insano. Vejo quebrantar de forma densa, imensa, em sombras, em goles, debaixo de um céu nublado (enquanto você sorri). Mexe tanto que não sei como ficar. Não sei sorrir, o choro calo como quem fecha porta atrás de si. Tudo pulsa, e a grande maldade é ver-me pulsar só. E por mais que com a janela tu sorrias plenamente sobre mim, o sorriso não é pleno. Vejo ele tentando, por pura bondade.

Perturbo. Até sua bondade me arde. Definho. Te vejo fingindo bondade, não me queiras bem, não se negue que de tudo tenho tirado pétalas junto aos cravos.

"Se é pra viver é pra morrer, se é pra morrer, viveremos!" - Lira

(apesar que para os mes bons pecados o diabo colhe direto em meus olhos).

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