Páginas

6 de junho de 2012

The Last La-La

Enquanto a gota quente escorre, os olhos dóceis que me olham e veem aqui a esperança que sozinha eu nunca tive. O orgulho e a gana de vencer que nunca foram meus. Eles comemoram minha chegada. Nem ligo que cheguei. Cheguei? Concordo, mas não percebo.

Últimos quatro anos que um computador registra; as últimas bilhares de lágrimas que o colchão guardou, estas páginas e os cadernos na estante da sala. São a resposta de tudo. Tão estranho, e tão confuso. A memória brinca sem se mostrar. E a certeza é que muitas coisas novas me ocupam, mas nada deixei. Vez ou outra os pensamentos brigam, mas todos ficam, dentro ou fora do lugar.

Tanta imagem, tanta sensação conhecida que, na verdade, não entendo. Tenho apenas The Last La-La dançando em cada veia que pulsa, digamos que "insistentemente". O quarto em mar. Revoltas, as ondas batem.

Nenhum comentário: