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30 de janeiro de 2015

Limbo

Eu penso dois, você joga um
Eu rio, você resmunga
Eu falo da beleza do mar, você mergulha e afunda
Eu olho pra lua, você seca e abraça a garrafa.
Eu choro, você ri
Eu falo, você dá as costas
Eu sou eu, você sumiu.

Eu penso dois, você joga um
Eu divido, você reparte e separa
Eu planejo, você toca o barco
Eu me mostro, você muda
Eu atravesso a cidade, você cansa de mim
Enquanto sorrio você fecha a cara.

Sem equilíbrio, meu barco é o que vira e se reparte no mar. As minhas gotas na maré rasa e o meu silêncio.

Você fica, agora sou eu que vou.

*Do peso que já passou.

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