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29 de maio de 2012

Condecorar cada lágrima que derramei naquela praça, adoração à minha dor que desenhou meus olhos mais grandes na última madrugada. Meu sal na face, a razão que deixa a quimera ir. Intocado, aquilo tudo foi-se embora entre clamores, gemidos de dor e prazer que infernizaram por horas a minha mente. Agora mais leves, mas ainda aqui. 

O universo assiste o doloroso processo. Um cd novo, um poeta novo, um milhão de ideias e sonhos que riem de tudo. Um mar salgado se forma, um completo caos. Sem margens, sem barcos, vem vencedores. Arranho os vidros, a minha redoma. A minha poesia jogada no vento. A lua linda que eu sempre falava também assistiu cada cena, cada monte e desmonte. Teci descaminhos, eu teci por conta da dor, de ser incapaz de resolver o mundo. Pequena demais. Meu mundo dorme mais um cochilo, meu quarto em mar, enquanto arranho os vidros. Trabalhada em minha pequinês, fui ali afogar de mim, mais um pedaço. 

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