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20 de junho de 2014

eu não sei, mas um tempo. Assim se fez.

De cabeça pra baixo, cada dia observo meu mundo mais raso.  Os sons novos, as faixadas novas das casas e o meu novo amanhecer. O corpo não mais engraçadamente na cama, o silêncio e a geladeira me lembrando que está dado o mundo, o real.

Concentro, essa é minha mais nova arte. Calo o mundo lá fora e fico com a lembrança do som da  água batendo de leve na beira da praia... O meu amor na praia pegando só as menores ondas enquanto eu no fundo chamava a um mais profundo mergulho. A memória causa tanto silêncio,  e a gente fruto de tudo dito ente a onda e o hoje.

Tenho deixado raso meu olhar, não há muito que se fazer. Mas tem o belo, o doce e quente perdido no mundo, que talvez, em um novo mergulho, eu alcance de dentro pra fora.

Saudações ao  meu amor, quem sabe daqui uns anos ele não volta.

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