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27 de agosto de 2014

Verdade

Esta noite vi uma obra de arte tão completa e tão linda, que logo depois de vivê-la me veio a sede de te olhar bem de perto e contar tudo o que vi, cada pedaço. 

Vontade, de te contar de como tudo ficou grande dentro de mim, de como reconheci nela a mim. Anseio de ouvir de ti os comentários que sem dúvidas eu concordaria. 

Mas de repente um vento bate no meu olho, ele arde e me diz que isso não é possível mais, que preciso me acostumar a guardar em mim tudo isso.

Já me deixei ir de ti, mas vejo que não te deixei. 

Ainda me debato, resta um nó a prender a minha memória, às vezes até choro. 

Algo me pede, eu sinto: "deixa ela ir", mas ainda sim, com minhas forças te prendo e machuco mais. 

Como faz falta o seu canto, o cheirinho doce, a roupa cheia de pelo que me dava agonia. Fico pedindo pra mim mesma que passe o desejo do teu sorriso, mas ainda não alcancei.

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Aqui, para não dizer à ela.

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