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20 de julho de 2011

Meu bauzinho :)

É através desse universo que venho tentando salvar o resto que eles tem deixado de mim, um amontoado de pó cristalino, como cacos de algo que era em outro momento valioso - a minha paz!
Todos sabem o que tenho plantado, poucos sabem o que tenho colhido. Tenho quilos... Decodifico, reduzo tudo a amor. Só tive forças para isso até hoje, criei um sistema que me permite respirar - com certa dificuldade, mas que ainda me permite acreditar no que sou.
Tenho recebido pancadas violentas, de palavras, de descargos alheios, de problemas alheios, de medos e insuficiência de outros; tenho suportado além da minha fraqueza, a fraqueza de outros.
Penso que mesmo morrendo hoje, morreria bem; tentei ser em tudo um pouco sincera, até com os meus demônios tentei a paz, tentei o não-rancor, a não-mágoa, o não-ódio. Tenho tentado, tenho me permitido sangrar só e não carregar ninguém comigo!
Luto com suas fúrias, com suas feras; não tenho tempo de alimentar as minhas, passo o resto do tempo regando um canteiro de flores, na esperança de algo mais doce nesse chão que piso. Como se na linha central do meu corpo houvesse um rasgo, de ponta à ponta... mesmo com tudo e por tudo, ainda tento.
Talvez isso explique o meu extremismo nas coisas, diante dessa minha luta cega, esse meu desespero cego, esse meu refletir, esse meu falar, esse meu amor...
CEGOS!

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