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10 de julho de 2011

Revolução silenciosa

Acontece, tece, envolve e eclode discretamente pelos poros! Pelos cachos, pelas barras, pelas alças; a busca de um desfecho! Desordenado flui, descontrolado desdobra, desamarra o nó e estica a corda que ata. Dói!
Estreito, relevo de um chão chapiscado, uma parede grafitada com guache branco. Um muro cinza recebendo um soco auto-expressivo, auto-reflexivo, auto-eu. Um rabisco, um risco, um perigo para dois olhos que não planejam nada além de uma boa fotografia que indique "profundidade".
Profundidade, sentir, acreditar e apostar! Plenitude, amplitude, certezas! Um conjunto de passos que consigam garantir a linha do corpo reta: sem remendos, sem ataduras, sem cômodos escuros - sem becos.
De dentro pra fora uma fresta, o corpo busca uma nova linguagem - um novo jeito, novo meio, um novo! A busca começou quando o porta retratos, empoeirado, inocupado, caiu da prateleira em cima da cabeça que ardia em brasas. Por dentro, uma orquestra particular, instrumentos estridentes e desconhecidos... Sentidos a valsar sonhos e segredos de segurança e morte: VIDA! Pede, implora, suplica e bebe (de cada sensação um gole), eis o homem, eis a mulher...
Degustando cada palavra, a mente cede espaço para o querer da alma. Degusta cada palavra, degusta cada palavra... Se ouve, se sente e enfim acontece a tal da revolução.

Um comentário:

Anônimo disse...


I like the shades.

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